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segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Termografia Clínica - Continuação

A Termografia é um dos métodos mais modernos de diagnóstico por imagem digital da atualidade. É capaz de detetar inúmeras doenças, muitas vezes não detetadas por outros métodos e de forma ainda mais precoce.
 
É um exame totalmente não invasivo e sem nenhum contacto físico. Além de não emitir nenhum tipo de radiação é totalmente indolor. Portanto pode ser usado em crianças e grávidas, nas quais podem ser efetuados exames sem nenhum tipo de risco. É também particularmente indicado para pessoas que já sofreram outros tipos de exames e procedimentos dolorosos que mostram resistência na realização de mais exames ou provas diagnosticas.
 
A Termografia pode ser repetida quantas vezes e quanto necessária sem risco ou dor para o paciente.

 
 

Bases fisiológicas e fisiopatológicas da termografia:



A dissipação do calor (energia térmica) corporal, em grande parte, faz-se por radiação infra vermelha dependente do fluxo e volume sanguíneo circulatório subcutâneo. Este calor vem, principalmente da atividade metabólica muscular e dependendo da fase alimentar em que se encontra a pessoa , pode ser , em menor parcela , da atividade metabólica visceral.
 
Mais de 90% do suprimento sanguíneo da pele passa por arteríolas com diâmetro <0,3mm, diretamente ligadas ao plexo venoso (shunts), para regular a temperatura corporal e apenas 10% é para o sistema capilar que nutre a pele. Essas pontes venosas subcutâneas estão ligadas ao tecido muscular e terão maior ou menor comprimento, dependendo da espessura do tecido adiposo e fazem um fluxo de contra corrente com o sistema arteriolar, que por sua vez serve para dar maior equilíbrio térmico ao sangue, devido às trocas existentes entres vênulas e arteríolas.
 
Ao redor de 3 a 4% do débito cardíaco normalmente é para o fluxo cutâneo e em condições de estresse pelo calor , o fluxo pode ser aumentado em 10 vezes e o fluxo sanguíneo na rede de capilares da nutrição cutânea pode ter apenas 1%. O fluxo sanguíneo da rede arteriolar e venular subcutânea é controlado pelo sistema nervoso simpático (noradrenalina) , diminuindo-o e consequentemente decrescendo a emissividade do infravermelho . Portanto, qualquer patologia que afete direta ou indiretamente o sistema nervoso simpática provocará diminuição da emissividade do infravermelho (hipotermia) e em caso de falência deste ocorrerá aumento do fluxo sanguíneo e consequente aumento do fluxo sanguíneo e consequente aumento da emissividade.
 
Nos casos de patologias dolorosas de origem inflamatória neurogénica, infeciosas ou não, ocorrerá ao nível das terminações nervosas do tipo C a libertação de substância P (SP), ou no endotélio capilar ou dos macrófagos, a produção e ou libertação do óxido nítrico produzindo intensa vasodilatação e consequente aumento significativo da emissividade do infravermelho (hipertermia).
 
Nas patologias inflamatórias por trauma, reumáticas ou infeciosas teremos a produção e libertação das prostaciclinas e bradicinina, potentes vasodilatadores que por sua vez libertarão SP e óxido nítrico. Teremos também alterações hipertérmicas, ou hipotérmicas em patologias especificas que atinjam direta ou indiretamente o sistema venoso, arterial e ou microvascular.

A PRECISÃO E EXACTIDÃO COM A TERMOGRAFIA:



O corpo humano é composto de milhares de elementos que se podem desregular . É difícil , para não dizer impossível , fazer uma avaliação de todos esses elementos, muitas vezes quanto mais fortes são os sintomas, mais longe se encontram as causas. Por exemplo uma dor dorsal é reflexo muitas vezes de problemas digestivos ou biliares que afetam a coluna, e não de problemas osteo - articulares. As vértebras e discos sofrem danos por um aumento de estímulos irritativos provenientes dos órgãos afetados.
Com a termografia podemos entender essa relação.

A termografia permite também descobrir lesões e problemas com que não sonhais sequer, uma vez que não sentis qualquer dor ou sinal que vos alerte. Esta possibilidade é muito importante porque todos sabemos que, por exemplo um cancro, não surge de um dia para o outro e quando se deteta normalmente já é tarde demais. Com a termografia podemos pôr em evidência situações que até então estavam ocultas , permitindo-nos essa possibilidade de desenvolver uma ação preventiva.

Com a termografia podemos fazer a ligação e estabelecer a relação entre diferentes patologias, e em especial escolher as zonas , órgãos ou meridianos onde agir em primeiro lugar.
 

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